quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Luiz Inácio no país das maravilhas

Quem não conhece o conto "Alice no país das maravilhas"? Pois aqui no Brasil temos algo semelhante, porém com outro protagonista: Luiz Inácio.

Luiz Inácio é um homem batalhador que tinha em seu coração o desejo de ajudar a classe operária de seu país. Tanto buscou, tanto insistiu, que chegou ao poder onde finalmente poderia colocar em prática seus objetivos.

Lá governou por 4 anos, reelegeu-se por mais 4 e por fim conseguiu colocar em seu lugar alguém que tecnicamente respirava dos mesmos ares ideológicos.

Contudo, a forma como ele vem promovendo seu governo nesses últimos 8 anos é de certa forma fantasiosa e tendenciosa, conduzindo as pessoas a uma opinião distorcida da realidade, sobre as quais não devemos fazer críticas pesadas, mas também não podemos compactuar com a cegueira da realidade. Uma coisa é a ideologia política e social, outra coisa é a ação prática e sustentável dessa política.

O fato é que o Brasil com ares de "potência emergente" caiu no ranking Country Brand Index, da Future Brand. Feito em parceria com a BBC World News, o índice considera quesitos como performance financeira, qualidade de vida das pessoas, inovação e desejo que gera nos visitantes.

Segundo o índice, nesse ano a "marca Brasil" ocupa a 41a. posição no ranking, tendo caído 6 posições em relação ao ano passado, ficando atrás dos principais países europeus, além de Argentina, Chile e Índia.

A informação é da coluna Em Pauta, publicada na edição 1435 de Meio & Mensagem, que circula com data de 15 de Novembro de 2010.

Sem querer parafrasear e nem plagiar ninguém, acredito verdadeiramente que há algo de podre no reino do Brasil...

3 comentários:

  1. Que loucura tudo isso, né? A gente ouve a oposição falando, a nível baixíssimo da campanha eleitoral e achamos que vivemos no pior país do planeta. Por outro lado, ouvindo o governo, dá-se a impressão que problema algum existe por aqui.

    Precisamos de uma sociedade que tenha discernimento e acima de tudo atitude.

    Acordemos!

    Beijos, Adriano.

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  2. Oi Adriano. Fiz questão de trazer de Paris um souvenir inusitado. A edição de 06/05/2010 da revista Le Point Affaires (que é da Bloomberg Businessweek). Na capa está uma modelo brasileira que não conheço, Adriana Lima, e a manchete "Spécial Brésil, Le Nouvel Eldorado - 21 pages", isso numa revista de 170 páginas. Ou seja, 12% da revista dedicados ao Brasil. E os títulos dos vários artigos publicados são lastimáveis... Exemplos, "Lula, Champion du monde des présidents", "Un Nouveau Géant", "L'homme qui veut devenir plus riche que Bill Gates" (pasme é o Eike Batista), "À la conquête de l'Amazonie" e pra fechar com chave de ouro "Le Bonheur est dans la favela" (A felicidade está nas favelas). E mostram uma foto enorme da laje de uma casa com vista pra Joatinga. É mole, ou quer mais?

    Infelizmente, foi isso que Monsieur Lulá, como ele é chamado em Paris, plantou. Exatamente o que vc disse. Ele fez o mundo pensar que aqui é o país das maravilhas. E o pessoal tá acreditando.

    Eu é que nem tentei explicar que focinho de porco não é tomada.

    E o pior, Adriano, é que eles metem o pau no Sarkozy. E eu venho acompanhando o governo do Sarkozy desde a eleição dele contra a Ségolène do PS. O homem fala coisas concretas, mostra a realidade do mundo pra eles, e eles acham que ele não presta pq os franceses terão de trabalhar 2 anos a mais pra se aposentar. Eu postei no Facebook uns clips da entrevista que ele deu pra TV e eu assisti inteira babando de inveja de não ter um cara assim no Brasil. E o homem lá apanhando de todos os lados. Go figure!

    Abraços

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  3. Pois é, Eliane... Sarkozy é o limiar onde um homem deixa de ser um "político" para ser um "governante". As revoltas populares que tem enfrentado na França dizem respeito a atender às necessidades do país frente os imigrantes e frente as contas públicas. Gestão responsável para que o futuro não seja caótico.

    Mas por aqui ainda é muito diferente. Entram para governar e vivem de fazer politicagem, de olho nas próximas eleições. Veja que segundo o índice da pesquisa o Brasil está a baixo da Argentina e Índia, onde investe-se de verdade em educação. Ninguém aguenta mais esse país de alienados em que vivemos, onde meia dúzia estuda e empreende enquanto o resto trabalha no terceiro escalão ou vive das políticas sociais do governo. E os socialistas ainda acham que o nosso abismo social é a má distribuição de renda entre os que têm muito e os que não têm nada. O nosso governo do "faz de conta" está aumentando ainda mais esse abismo sem que a massa perceba, e as políticas sociais, lá na frente, podem custar caro aos que têm muito, e principalmente aos que não têm nada...

    Milene tem razão. Olhando superficialmente, temos aquela impresão de que estamos indo de vento em popa. mas se fosse verdade, as campanhas eleitorais não precisariam ser feitas de mentiras e acusações. Bastaria mostrar a verdade de tudo o que se fez e faturar mais um mandato...

    Grande abraço!

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