quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Família faz a diferença na educação dos alunos

Essa matéria merece ser citada como exemplo e alerta para os pais: O Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Pernambuco, em Recife, tirou nota 8,1 em um universo em que a nota média foi 3,9 nos anos finais do ensino fundamental. E não se trata de uma aventureira: a escola é tricampeã e dona do pódio do Ideb desde que foi avaliada pela primeira, em 2007. Isso em meio a ar condicionado que não funciona, alunos sem merenda e uma greve que já dura quase três meses. (leia a matéria completa nesse link).

Para o diretor do único colégio brasileiro com avaliação acima de 8 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2011, Alfredo Matos Moura Júnior, a resposta não passa por tablets, redes wifi ou instalações luxuosas.

Confira alguns trechos que selecionei da entrevista publicada no site da Exame.com para descobrir o que é afinal que a escola tem que estimula o desempenho excepcional de seus 411 estudantes da 6ª série do fundamental ao ensino médio e a deixa, inclusive, acima da maioria das particulares, que ficaram com média 6 no Ideb. "Não tem um elemento mágico", é o que garante o diretor.

EXAME.com – Afinal, a que o senhor atribui a fórmula do sucesso do colégio?
Alfredo Matos - Não é um fator apenas. É um conjunto: o próprio interesse e participação dos alunos nas aulas; a atuação do corpo docente instigando este aluno e tentando torná-lo mais crítico e reflexivo; e o suporte dado aos alunos em casa pelas famílias. São 3 fatores básicos que deveriam haver em todas as escolas. É por esta vertente que estamos analisando. Os professores tentam ser o mais abrangente possível e são interdisciplinares. A escola não procura isso (ser campeã), não vive ligada somente a índices e vestibular. Queremos que o aluno saia preparado para a vida e não somente para uma prova.

EXAME.com – Mas a escola está abastecida quando se trata de acesso à tecnologia para educação?
Matos - Não adianta você ter internet wireless, iPads, iPods se você não tem discussão e contato entre professor e aluno. Muitas escolas vendem que você vai receber um tablet, mas se você der o aparato e não trabalhá-lo, não adianta de nada. Recursos tecnológicos são usados? Sim. As salas tem wireless há três anos e projetores multimídia desde este ano. Mas isso é fator que vai fazer o sucesso da escola? Não.

EXAME.com - Como os alunos fazem para entrar?
Matos - O aluno entra basicamente no 6º ano. É um concurso público. Em média, inscrevem-se entre mil e dois mil candidatos para 55 vagas (mais do que a maioria dos cursos da UFPE). É só uma prova de português e outra de matemática.

EXAME.com - Conseguir a excelência é possível apenas com uma seleção muito rigorosa?
Matos - Seleção não é o único fator. O corpo docente influencia muito. O nosso é muito qualificado: 31% são doutores, 47% mestres e aproximadamente 20% graduados. Quando você pega um corpo como esse, em que a maioria tem dedicação exclusiva, isso facilita as ações da escola e a integração de todos os componentes que a formam: alunos, funcionários, professores e as famílias.

Aqui o diretor Matos relacionou alguns fatores que considero primordiais: a qualificação do quadro docente; o interesse dos alunos; e o papel da família em casa. Se você concordar com a linha de raciocínio que eu faço nesse instante, verá que a a família é o principal argumento para promover o interesse pelo estudo do filho/aluno, que por sua vez promoverá uma troca de interesses e conhecimentos muito mais produtivos em sala de aula entre ele, seus colegas e o professor.


Portanto, a mensagem que fica aos pais é essa: antes de cobrarmos exclusivamente do governo por escolas de qualidade, façamos de nossos filhos cidadãos de qualidade, pois educação, respeito e cidadania se aprende primeiro em casa para depois se completar com o conhecimento na escola.

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