sexta-feira, 9 de julho de 2010

Morreu? Ah, tá... contrate outro

No episódeo dessa quinta-feira do seriado Dr House, um dos membros da equipe de diagnósticos do médico suicidou-se em sua casa.

Após o ocorrido a diretora do hospital disse ao dirigir-se ao Dr House, líder da equipe - Lamento muito sua perda. Ao que ele respondeu - Não foi minha a perda - e ela concluiu - então lamento que pense assim.

Será que racionalismo do Dr House não é um inconveniente no ambiente de trabalho? Será que esse ponto de vista de que cada membro de uma equipe é mais um objeto de trabalho não pode estar tomando conta das organizações profissionais sem nenhum sentimento de irmandade dentro do grupo?

E o sistema home-office, criado para reduzir a logística de deslocamento e perda de tempo no trajeto entre a casa e o trabalho, não tende a esfriar ainda mais o relacionamento entre as pessoas?

São questões como essa que me preocupam, me incomodam e que eu gostaria que não fossem reais na vida das pessoas...

7 comentários:

  1. A mim também incomodam, Adriano. Mas eu ainda tenho esperança. Espero que amanheça logo e que o sol aqueça o coração das pessoas.
    Bjsssssss

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  2. Oi. Adoro "House", Adriano. Não assisto ao seriado tanto quanto gostaria, mas a minha sobrinha colocou tv no quarto e aí nós duas, eu no meu colchãzinho nos deliciamos um pouco e demos algumas risadas. Até que ela adormeceeu e eu lá comentando, falando. ;-0

    O Dr. House é um tremendo de um sensível, medrosão. Na verdade ele tem medo de seus sentimentos, medo de sentir. Prefiro ele que não disfarça.

    O que você vê às vezes é puro teatro. As relações profissionais devem ter esca carga de frieza na minha opinião, porque o contrário propicia "entradas indevidas", sobretudo quando o interlocutor é do sexo feminino. Claro que deve haver equilíbrio, mas eu ainda acho que o House é um exemplo do que deve ser evitado naquela parte de "brincar com pacientes como se fossem bonequinhos", mas é um exemplo a ser seguido em como permanecer intacto no ambiente de trabalho sem se ater a chantagens emocionais. Se bem que tipos como o House às vezes são as primeiras vítimas.

    Entendo sua questão e sua angústia e saiba que não está só, mas infelizmente as máscaras nos salvam! Abraços!

    ps: quem tá te falando é alguém que estabelece barreiras justamente por ser falante e sensível demais. ;-)

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  3. Adriano, td bem?
    Eu preciso de gente, sabe que lá no Fórum quando eu cheguei eu só fazia digitação o dia todo, ofícios, mandados e afins... e o pessoal atendia os termos de guarda, curatela e alimentos, e não gostavam diziam que atrapalhava a concentração, pedi para aprender e agora com a greve são todos meus( ahahahahaha), mas sabe que muda o dia, interage, troca experiências, conversa...
    A gente cresce com pessoas e não com o pc, eu preciso de gente, de amor, de solidariedade, o mundo anda assustador...

    Escrevi sobre violência agora pouco, terrível demais tudo isso.

    Adorei a foto no cabeçalho, estou estudando e meio sem tempo, mas vamos levando. Beijos!

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  4. Eu não perco Dr House toda quinta na Record, acho ele o máximo como líder, como gestor de soluções com o grupo. Porém, sua personalidade aparenta muita insegurança pessoal, e não profissional. House precisa sentir que tem toda a situações sob controle, inclusive no âmbito pessoal de sua equipe, envolvendo-se em assuntos que muitas vezes devria ignorar para não ser invasivo. Faz isso para se sentir seguro de si mesmo e com pleno comando sobre todos.

    House é um retrato exagerado da sociedade real, muitos de nós somos assim, mas não deixamos tão explícito quanto ele deixa, e usamos a máscara que a Gisela citou.

    Acho que é por isso que House é tão apaixonante... muitos de seus atos coincidem com o nosso íntimo mais profundo, e isso nos faz sentir de certa forma aliviados.

    Abraços, pessoal!!

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  5. Pior é quando o ambiente de trabalho é "inexistente" ou de certa forma "existe inexistindo" ou "inexiste existindo". Parece louco? Não. É quando se é autônomo e mora-se com os outros. Meu caso. O stress cotidiano gerado por personalidades autoritárias cria o clima da famosa delação. E dar aulas na casa de crianças que precisam de reforço no francês acaba que faz surgir uma ponte entre aquelas pessoas rodeando a criança e você mesmo.

    Ou então o patrão do curso que é casado, te respeita, mas quando a mulher sai de cena, ele começa a falar em "como é bom casar". E tem também o divorciado que liga querendo ter aulas porque era engenheiro e agora faz turismo, pechincha 10 reais, acha 50 caro e eu tenho vontade de mandá-lo à m. depois de ter me alugado durante meia hora.

    Aí que entra o Dr. House! hehehehe

    Bom "findi" a todos! Eu estou meio doentinha.

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  6. Não conheço o Dr. Famoso...mas a fama dele sim...hehehe. Ando ausente pois estou no Brasil curtindo os filhotes. Beijocas na família.

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  7. Descartáveis... Tudo está virando descartável nesses novos tempos... amizades, relacionamentos, até a família está sendo apresentada como algo descartável, do tipo utilize enquanto for conveniente, descarte quando for apropriado e opte pela sua individualidade...

    A morte de um colaborador, principalmente em serviço, é uma tragédia... mas a palavra da moda é recurso... um recurso não está disponível (morte, afastamento, demissão) que o RH providencie outro o mais rápido possível... mandem uma coroa com o nome da empresa em destaque e bola pra frente!

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