quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Quem ama corrige

Essa semana tive que colocar em prática o velho e bom castigo lá em casa. Quem tem filhos sabe o quanto é melindroso trabalhar a educação dos pequenos. Por mais bonzinhos que sejam, criança é sempre criança e aprontam das suas.

A minha pequena é uma criança que me enche de orgulho, realmente uma boa filha que nos dá muitas alegrias. Contudo, como toda criança, tem suas manias. Uma dessas manias que venho tentando tirar é fazê-la parar na mesa na hora das refeições, e principalmente comer com as própias mãos.

Já vai fazer 5 aninhos, e não acho um bom hábito precisar ficar dando colheradas na boca e chamando o tempo todo para voltar à mesa... está na hora de começar a comer sozinha, junto de nós. E então estávamos adotando a prática de conscientizá-la: se demorar muito a comer vai ficar sozinha na mesa até acabar a comida. Não pensem que faço isso apenas conversando, pois ninguém é de ferro, e todo dia ficava irritado com aquela impressão de que ela estava nos fazendo de bobos não se comportando.

Então na segunda-feira avisei a ela que se não acabasse de comer até a hora de ir pra escola, não iria, ia ficar em casa com a babá. Dito e feito... ela não comeu até a hora de se arrumar para sair. Cumpri meu combinado e deixei-a em casa, mas com um agravante: iria ficar sentada numa cadeira da sala e só iria sair de lá para comer o lanche da tarde e ir ao banheiro. Ela não contava com esse castigo. Nada de TV e nem brinquedos. E ainda disse que não iria mais deixa-la assistir TV até que aprendesse a comer sentada e sem enrolação.

O castigo deu resultado, e já no outro dia ela estava toda animada, fazendo o que pedi. Claro, não com tanta convicção, mas parou de fazer palhaçadas na hora de comer e estava bem mais controlada. E assim continua, pois sabe que cumpro a ameaça e ponho de castigo sem dó. Liberei a TV na quarta-feira.

E isso não diminui o nosso amor, o nosso apego, as demonstrações de afeto a todo instante, pois ela é muito carinhosa conosco e nós com ela.

Uma coisa eu tenho comigo: criança desobediente, arteira e sem limites é normal. O que não deve ser tolerado é criança que não respeita pai e mãe e pais que não se fazem respeitar. Se você perder o respeito e não conseguir controlar seu filho desde a tenra idade, pode se preparar para conviver com um adolescente que vai dar trabalho...

Aproveito para deixar uma canção do DVD infantil "Diante do Trono", que a Ana Clara ganhou do vovô e que nos ajuda também na educação para uma criança boa e feliz.

Quem ama corrige
de Ana Paula Valadão Bessa

Quem ama, corrige os seus filhos
Quem ama, corrige os seus filhos

O pai que ama,
Cedo disciplina a criança
Quem ama, corrige os seus filhos
Quem ama, corrige os seus filhos

Que menininho lindo
Mas pode virar um monstrinho
Todo o cuidado é pouco
Ensina seu filho de pertinho

Quem ama, corrige os seus filhos
Quem ama, corrige os seus filhos


"A estultícia está ligada ao coração da criança,
mas a vara da disciplina a afastará dela" Pv 22:15

"O que retém a vara, aborrece o seu filho
mas o que o ama, cedo o disciplina" Pv 13:24

9 comentários:

  1. É meu amigo,
    pelo jeito só muda o endereço mesmo!
    Bjs.

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  2. Depois que passa dessa fase da uma saudade. Bjão

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  3. Hehehe...já passei por isso com a caçula. Mas não desanimei e hoje ela é um gafanhoto e super responsável com o que come. Beijocas e parabéns pela persistência!

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  4. Complicado mesmo. ;-) Eu sinceramente não sei o que faria... se fosse mãe.. Mas sempre sei o que não faria e o mais engraçado é que descobri que a minha irmã não sabe como lidar com a segunda filha, a mais nova de 18 e desconfio que jamais soube. Se ela um dia ler isso aqui.. me trucida. Aahaha! Acho que não há manual (graças a Deus!) e o segredo é "dançar conforme a música", ops, conforme o jeito do filho. Penso assim. Tem filhos e filhos, castigos e castigos: o que funciona com um não funciona com outro. Por exemplo: ela não dá uma dentro com a minha sobrinha. Beijos e boa sorte aí!

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  5. Só um adendo no seu título, Adriano: na minha opinião "quem ama conversa, e isso passa por corrigir". Vamos ver: eu pretendo ser mãe. Aí eu juro q vou vir aqui te contar como é a experiência. Daqui a uns 10 anos, quando a criança nascer e estiver com a idade da tua filha: direi "pô, é verdade.." ou "viu só??" hehehe

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  6. Uma coisa é unânime: filho é tudo igual... claro, são apenas crianças em desenvolvimento, e cabe a nós ajudar-lhes a aprender e compreender os valores e a escala de comando dentro de casa, para que não venham sofrer e nos fazer sofrer por nossa própria culpa no futuro. Quem assiste a Super Nanny já viu bem, que em 99% dos casos não é a criança a problemática. São os pais, que desorientados deixam a casa cair.

    Gi, você ainda vai ter o seu, rsrsrs, e vai ter muito o que contar pra nós também.

    bjoss

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  7. Uma coisa é certa, Adriano. Aquele velho ditado popular é perfeito. "É de pequeno que se torce o pepino". Claro que torcer sem palmadas e gritarias que em nada adiantam, mas em atitudes como você fez, pois mostra à criança que há limites para tudo na vida. Saiba que se você não fizer isso agora, mais tarde, ela mesma vai te dizer: "mas você não me proibia". Nada mais certo do que sua atitude. E legal é você e sua esposa estarem sempre "fechados" quanto a um eventual castigo. Eu ficava com meu coração quase pulando pela boca, mas não movia um músculo. Hoje eu sei que valeu à pena.
    Sendo filha de quem é, a Ana Clara será uma mulher que encherá os pais de orgulho.
    Abs

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  8. Eu concordo: na maioria das vezes são os pais os causadores de tanto problema e trauma. Quanto a ser tudo igual, compreendo sua opinião no sentido de que a carga dos pais é igual e criança tem sempre aqueles "problemas de criança", mas penso que cada um é cada um. Alguém único que carece de toda atenção do mundo. Evidentemente, as birras tornam-se semelhantes quando a criançada não atingiu a faixa dos 7 anos, por exemplo. Depois cabe aos pais verificar talentos, pre-disposições, defeitos, etc. Assim fica melhor e ninguém sai perdendo. Além do que a famosa "ida ao psicólogo" pode ser adiada. São caros. ;-))) Boa domenica!

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  9. Esse conceito de castigo é estranho para mim. E nunca fui rebelde pelo mesmo ser bizarro à minha percepção. Muito pelo contrário: sempre fui meiga, correta, gentil até demais e boa aluna, apesar de ter me ferrado em Matemática 3 vezes. Sou geniosa e temperamental quando a situação exige/exigiu e para defender quem eu gosto. Meu pai era um cara "light", mas prezava a harmonia demais da conta. Isso me irritava. Não há paz sem uma guerrinha antes. Eu não levava castigos; era uma coisa meio "netuniana', canceriana, do tipo "crio esse ninho e esse é teu castigo: ter medo de sair do ninho". Podem acreditar que existem mil fórmulas. Punições geralmente não surtem efeitos em crianças mais, digamos sagazes e adolescentes mais ativos. Vi isso sempre na vida, pois sou temporona e vi irmãs, primas tendo seus filhos e verifiquei o que achava errado para não aplicar com meu rebento. Vamos ver...

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